Castlevania: Circle of the Moon
Castlevania: Circle of the Moon | |||||||
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Capa americana do jogo | |||||||
Desenvolvedora(s) | KCEK | ||||||
Publicadora(s) | Konami | ||||||
Série | Castlevania | ||||||
Plataforma(s) | Game Boy Advance | ||||||
Lançamento |
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Gênero(s) | |||||||
Modos de jogo | Um jogador, Multijogador | ||||||
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Castlevania: Circle of the Moon[a][b] é um jogo eletrônico de ação-aventura da série Castlevania, desenvolvido e publicado pela Konami para o Game Boy Advance da Nintendo. O jogo foi lançado em 2001[3] e foi o primeiro título da franquia feito para Game Boy Advance.
Circle of the Moon foi o último jogo a possuir o título Akumajō Dracula até o lançamento de Castlevania: Dawn of Sorrow, já que neste período os jogos da franquia adotaram o nome Castlevania até mesmo no Japão. Quando Koji Igarashi tornou-se o diretor geral da série, durante o lançamento de Castlevania Chronicles para PlayStation, ele removeu Circle of the Moon, Castlevania Legends, Castlevania 64, e Legacy of Darkness da cronologia oficial da série Castlevania. Todos, exceto pelo Legends, foram eventualmente reintegrados à cronologia, embora como estórias secundárias que se passam em um mundo alternativo.
O jogo foi bem recebido pelos críticos e vendeu mais de 500 mil cópias, mas recebeu críticas do produtor da série, Koji Igarashi.
Jogabilidade
Circle of the Moon faz uso do estilo de rolagem lateral em 2D, similar a vários títulos anteriores da franquia.[4] O objetivo do protagonista, Nathan Graves, é invadir o castelo infestado de monstros em busca de seu mentor, que foi sequestrado.[5] Como vários protagonistas anteriores, Nathan usa um chicote para atacar e derrotar os inimigos, ou uma das armas secundárias: machado, crucifixo, água benta, adaga, ou um relógio.[5] Corações, geralmente encontrados nas velas e candelabros, são usados como munição para as armas secundárias.[4]
O jogo segue um estilo de jogabilidade não-linear: no início, Nathan só pode acessar algumas áreas do castelo, mas ao obter habilidades extras, passa a poder explorar cada vez mais áreas.[5] Ele também encontra salas com a habilidade de teleportá-lo para diferentes áreas do castelo, e outras salas que podem restaurar sua vida e salvar o jogo.[4] O jogo automaticamente atualiza o mapa do castelo para refletir o progresso de Nathan.[5]
Circle of the Moon incorpora elementos de role-playing.[6] Nathan possui diversos atributos: pontos de vida, pontos de magia, força, defesa, inteligência, e sorte.[4] Inimigos derrotados podem deixar cair vários items e equipamentos, e provêem pontos de experiência que, ao atingirem certos valores, fazem com que Nathan suba de nível, incrementando seus atributos.[5] Derrotar os chefes permite que o jogador adquira novas habilidades, que abrem possibilidades para explorar mais áreas do castelo.[4]
Um sistema de cartas mágicas, Dual Set-up System (DSS), foi adicionado ao jogo, permitindo que o jogador encontre cartas que estão em duas categorias: "ação" e "atributo".[6] Cada uma das dez cartas de ação recebe o nome de um dos Deuses Harmoniosos da mitologia Romana e determinam o tipo de magia que será performada, enquanto que as dez cartas de atributo recebem o nome de criaturas da mitologia Grega/Romana e adicionam um efeito à magia..[4][6] Para produzir um efeito mágico, o jogador combina uma carta de cada categoria, em um total de cem possíveis combinações.[6] No modo de jogo Battle Arena, pontos de magia de Nathan são absorvidos, fazendo com que as cartas DSS fiquem temporariamente inutilizadas.[7]
Modos alternativos
Circle of the Moon possui quatro modos alternativos de jogo, que devem ser completados em ordem, visto que completar um modo destrava o próximo.
Quando o jogador finalizar o jogo pela primeira vez, receberá um código que pode ser colocado como nome do personagem ao começar um novo jogo,[8] iniciando um jogo no modo Magician, no qual Nathan possui força e defesa diminuídas, mas com inteligência aumentada e todas as vinte cartas DSS disponíveis.[7] O modo Fighter não permite o uso de cartas DSS, mas aumenta a força e a defesa.[7] O modo Shooter penaliza a força, defesa, e pontos de vida, mas permite uma quantidade maior de corações serem carregados, possibilitando que Nathan use adagas teleguiadas.[7] O modo Thief reduz a força e defesa, mas aumenta a sorte consideravelmente.[7]
Enredo
O jogo se passa em 1830, e o protagonista é Nathan Graves, cujos pais se sacrificaram dez anos antes para banir o Conde Dracula.[9] Morris Baldwin, que auxiliou a banir Dracula no passado, treinou seu filho, Hugh Baldwin, e Nathan, para derrotarem os monstros e o próprio Dracula. Mas, para o desgosto de Hugh, Morris escolheu Nathan como o seu sucessor para receber o Hunter Whip.[9][10][11]
Em um antigo castelo, Camilla, uma serva de Dracula, o revive, sendo interrompida pela chegada de Morris, Nathan, e Hugh. Antes deles conseguirem baní-lo novamente, Dracula destrói o chão abaixo de Nathan e Hugh, fazendo-os cair através de um longo túnel. Sobrevivendo à queda, e querendo reencontrar seu pai, Hugh deixa Nathan para trás, e Nathan parte sozinho em busca de seu mentor.[12] No caminho, ele descobre que na próxima lua cheia a alma de Morris será utilizada para restaurar Dracula ao seu poder completo.[13] Nathan periodicamente encontra Hugh, que se torna cada vez mais hostil com o passar do tempo.[10][14] Eventualmente, Nathan encontra Camilla, que insinua que ela e Dracula são responsáveis pelas mudanças na personalidade de Hugh.[15] Nathan elimina Camilla, e encontra Hugh mais uma vez. Imediatamente após avistá-lo, Hugh o ataca com o objetivo de provar ao seu pai que é capaz de derrotar Nathan. Entretanto, Nathan percebe que Dracula está controlando-o e, após derrotá-lo, quebra o controle de Dracula sobre Hugh. Confessando ter questionado seu próprio valor ao ver Nathan ser escolhido por seu próprio pai, Hugh deixa que Nathan continue e tente salvar Morris.[16]
Nathan confronta Dracula, que confirma ter influenciado a alma de Hugh para mudar sua personalidade.[17] Ambos começam a batalhar até que Dracula se teleporta para restaurar todos os seus poderes. Hugh aproveita a oportunidade para resgatar seu pai, e deixa Nathan lidar com Dracula. Nathan continua a batalha e derrota Dracula, escapando do castelo em colapso e se reunindo com Morris e Hugh.[8]
Desenvolvimento
Desenvolvido pela Konamy Computer Entertainment Kobe (KCKE), Circle of the Moon foi escolhido como o título de lançamento para o Game Boy Advance.[18] Na Tokyo Game Show de 2000, uma versão demo foi apresentada, tendo dois personagens selecionáveis: Hugh e Nathan.[18] A opção de controlar Hugh não foi lançada na versão final do jogo.[4] Circle of the Moon foi publicado pela Konami no Japão em 21 de março de 2001, na América do Norte em 11 de junho de 2001, e nas regiões PAL em 22 de junho de 2001.[19] O jogo também foi relançado como parte da coleção Konami the Best no Japão em 3 de novembro de 2005,[19] além de ser publicado para o Virtual Console do Wii U na América do Norte em 9 de outubro de 2014.[20]
Lançamento
Circle of the Moon vendeu mais de 500 mil cópias, com mais de 300 mil vendidas na América do Norte, e cerca de 200 mil na Europa.[21]
Recepção
Recepção | |
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Resenha crítica | |
Publicação | Nota |
Electronic Gaming Monthly | 9.5/10[22] |
Famitsu | 27/40[23] |
Game Informer | 8.75/10[24] |
GamePro | [25] |
GameSpot | 9.6/10[4] |
GameSpy | 82/100[26] |
IGN | 9/10[5] |
Nintendo Power | [22] |
Gaming Target | 91/100[27] |
RPGamer | 7/10[6] |
Pontuação global | |
Agregador | Nota média |
GameRankings | 88%[22] |
Metacritic | 91/100[28] |
Premiações | |
Premiador | Prêmio |
GameSpot | Editors' Choice[4] |
IGN | Editors' Choice[29] |
Circle of the Moon foi recebido com aclamação crítica. No Metacritic, possui a 12ª melhor avaliação dentre os jogos do Game Boy Advance.[30] Foi colocado na 108ª posição da lista de melhores jogos feitos para um console da Nintendo, pela lista de Top 200 Games da revista Nintendo Power.[31]
A revista japonesa Famitsu o avaliou com nota 27/40.[23] Craig Harris, da IGN, o chamou de "um dos melhores jogos de Castlevania já lançados", afirmando que a jogabilidade era "muito longa e extremamente desafiadora, sem ser frustrante ou trabalhosa".[5] Entretanto, também apontou que devido aos gráficos escuros, teve dificuldades de ver alguns detalhes, e que a animação dos personagens parecia ter sido "arrancada de um desenvolvimento do Game Boy Color".[5] A GameSpot o avaliou com nota 9.6/10.[4] A GamePro o avaliou com 5.0, sua maior nota, afirmando que ele seguiu os mesmos passos do jogo Castlevania mais aclamado, Symphony of the Night, com gráficos ricos e uma história interessante.[25] Gaming Target elogiou a fluidez das animações, apesar de também citar os gráficos escuros e a falta de rejogabilidade.[27] Adicionalmente, também elogiaram o sistema DSS, descrevendo-o como uma das melhores novidades do título.[27] RPGamer também elogiou o novo sistema, chamando-o de "um sopro de ar fresco" quando combinado com as ideias já existentes na franquia, afirmando que a baixa rejogabilidade era significantemente melhorada com a utilização dos vários modos alternativos, dizendo que as forças/fraquezas de cada modo forçavam a utilização de novas estratégias.[6] Apesar de suas críticas ao enredo e elementos reciclados, chamaram o jogo de "Segunda Sinfonia da Konami".[6]
A GameSpy afirmou que, enquanto os gráficos eram problemáticos, atribuíram o problema ao console e não ao jogo, adicionando que "é um jogo de horror sobre Dracula, você não gostaria de muita luz ao seu redor, por acaso?".[26] Também elogiou a música do jogo e os efeitos sonoros como apropriados para o título, apesar de criticar a falta de inteligência artificial decente nos inimigos.[26] Tim Turi, da Game Informer, achou que esse foi o primeiro jogo que imitou o estilo de Symphony of the Night, mas criticou os visuais escuros.[32]
Críticas de Igarashi
Apesar do sucesso do jogo, o produtor da série Koji Igarashi, que não esteve envolvido na produção deste título, foi crítico do jogo. Ao desenvolver o Harmony of Dissonance, citou várias falhas em uma entrevista, que ele achou que deveriam ter sido retificadas no design de Circle of the Moon, primariamente o esquema de controles e a aparência escura dos gráficos no Game Boy Advance.[33] Adicionalmente, criticou o sistema de cartas DSS, afirmando que ele "não se encaixava com o universo que Castlevania havia criado durante os anos", apesar de ter admitido que era um bom sistema.[33]
Em 2002, Circle of the Moon foi removido da cronologia oficial da série,[34] em uma ação que gerou resistência dos fãs.[35] Igarashi afirmou que a razão para a remoção não foi ele não ter se envolvido com o jogo, mas que a intenção do time de desenvolvimento era que Circle of the Moon fosse um título stand-alone.[36]
Notas
Referências
- ↑ «悪魔城ドラキュラ Circle of the Moon» (em japonês). Consultado em 18 de setembro de 2020
- ↑ «Castlevania» (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2020
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- ↑ KCEK (8 de junho de 2001). Circle of the Moon (em inglês). Game Boy Advance. Konami. Fase: Underground Waterways
- ↑ KCEK (8 de junho de 2001). Circle of the Moon (em inglês). Game Boy Advance. Konami. Fase: Observation Tower
- ↑ KCEK (8 de junho de 2001). Circle of the Moon (em inglês). Game Boy Advance. Konami. Fase: Ceremonial Room
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- ↑ Kalata, Kurt (26 de julho de 2006). «Tales from The Crypt: Castlevania's 20th Anniversary Blow-Out (Web Archive)». 1UP.com (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2007. Arquivado do original em 4 de junho de 2011
Ligações externas
- Página oficial - Konami (US) (em inglês)
- Página oficial - Konami (EU) (em inglês)
- Página oficial - Konami (JP) (em japonês)
- Predefinição:MobyGames